RESUMO: As microalgas são organismos cuja biomassa possui biomoléculas abundantes como carboidratos, lipídeos, proteínas, pigmentos, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes, com inúmeras aplicações industriais com destaque para os segmentos de alimentos, nutricional, farmacológico, cosmético e de energia, na produção de biocombustíveis. Entretanto, o acesso de forma integra a essas biomoléculas pode ser dificultado pela rigidez estrutural de sua parede celular, sendo necessário a aplicação de um pré-tratamento que promova a lise celular. As diferentes técnicas de ruptura celular aplicáveis à biomassa microalgal descritas na literatura podem ser de natureza mecânica, com destaque para as técnicas de moagem em moinho de bolas e homogeneização à alta pressão (HAP) ou não mecânica (química, térmica e enzimática), cada uma com vantagens e desvantagens. Assim, o objetivo da presente revisão narrativa é descrever o uso de diferentes métodos para o rompimento de células de microalgas, com suas vantagens, desvantagens e seus desafios.

ABSTRACT: Microalgae are organisms whose biomass contains different biomolecules, such as carbohydrates, lipids, proteins, pigments, vitamins, minerals, and antioxidant compounds, with numerous industrial applications, highlighting the food, nutritional, cosmetic, pharmacological, and biofuel segments. However, access to these biomolecules in an integrated manner is often hampered due to the structural rigidity of their cell wall, requiring the application of a pre-treatment that promotes cell lysis. Various cell rupture techniques applied to microalgae biomass have been reported. These methods can be mechanical, especially ball milling techniques and high-pressure homogenization (HPH), or non-mechanical, such as chemical, thermal, and enzymatic procedures, each with advantages and disadvantages. Thus, this review addressed the different methods of cell disruption, listing their advantages and disadvantages, applications in cell biomass, and challenges.

Abstract The objective of this unprecedented research was to evaluate performance traits, carcass yield, meat quality, and hematological parameters of pintado amazônico fish (Pseudoplatystoma reticulatum × Leiarius marmoratus) fed diets containing ractopamine (20 mg kg-1) for different periods, during the final growth phase. The following treatments were evaluated: 45 days without ractopamine supplementation (control diet); 30 days of control diet, followed by 15 days of ractopamine supplementation; 15 days of control diet, followed by 30 days of ractopamine supplementation; and 45 days of ractopamine supplementation. Performance traits, carcass yield and hematological parameters were not significantly influenced by the ractopamine supplementation periods. The pH, L* color and a* color parameters of the filet post-slaughter and the L* color of the filet post-thawing were significantly influenced by the period of supplementation with the additive in the diet. Cooking loss was significantly lower in the fillet of fish that received ractopamine. Ractopamine supplementation at the level of 20 mg kg-1 in the diet of pintado amazônico for 15, 30, or 45 days does not alter their production performance, carcass yield, or hematological parameters, but changes the qualitative traits of their filet.

Objetivou-se avaliar o rendimento de carcaça de surubins Pseudoplatystoma spp. produzidos em tanque-rede e viveiro. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos (tanque-rede e viveiro) e vinte repetições. Os surubins com peso total médio de 0,839 ± 0,181kg e 0,983 ± 0,108kg para tanque-rede e viveiro, respectivamente, foram sacrificados por choque térmico em gelo para determinação do: rendimento do peixe eviscerado com e sem cabeça (RPECC, RPESC); rendimento de brânquias (RB); rendimento do filé lateral com e sem pele (RFLCP, RFLSP); rendimento do filé abdominal com e sem pele (RFACP, RFASP); rendimento de cabeça (RC); rendimento de pele (RP); rendimento de resíduos (RR). Entre as variáveis estudadas foi verificada diferença estatística apenas para o RB, cujas médias foram de 3,79 ± 0,38% para produção em tanque-rede e 4,44 ± 0,47% para produção em viveiro. O RC do surubim representou 15,46 ± 0,97% e 15,83 ± 1,04% para a produção em tanque-rede e viveiro, respectivamente. Para RPECC os valores foram de 89,98 ± 1,06% para produção em tanque-rede e 89,40 ± 4,90% para produção em viveiro. Os valores de RFLSP e RFASP para produção em tanque-rede foram de 31,15 ± 1,78%; 9,01 ± 0,50% respectivamente, e para produção em viveiro foram de 30,14 ± 1,75%; 8,83 ± 0,51%. Surubins Pseudoplatystoma spp. produzidos em tanque-rede e viveiro apresentam rendimentos de carcaça semelhantes.

This study aimed to evaluate the carcass yield of surubins Pseudoplatystoma spp. produced in cage and fishponds. Adopted was a completely randomized design with two treatments (cages and fishponds) and twenty repetitions. The surubins with a total weight average 0.839 ± 0.181kg and 0.983 ± 0.108kg cages and fishponds respectively, were sacrificed by thermal shock on ice for determining: yields of eviscerated fish with and with no head (YEFWH; YFWNH); yield of gills (YG); yield of the lateral fillet with and with no skin (YLFWS; YLFWNS) yield of the abdominal fillet with and with no skin (YAFWS; YAFWNS), yield of head (YH), yield of skin (YS), yield of viscera (YV) yield of residues (YR). Data were submitted to analysis of variance and means were compared by Tukey test at 5%. Among the variables analyzed, there was a statistical difference only for YG, with averages of 3.79 ± 0.38% for production in cages and 4.44 ± 0.47% for production fishponds. The YH surubim represented 15.46 ± 0.97% and 15.83 ± 1.04% for production in cages and fishpond, respectively. For the eviscerated fish with head yield values were 89.98 ± 1.06% production in cages and 89.40 ± 4.90% for production in fishpond. The values of YLFWNS and YAFWNS production in cages were 31.15 ± 1.78%, 9.01 ± 0.50%, respectively, and for production in fishponds were 30.14 ± 1.75%; 8.83 ± 0.51%. Surubins Pseudoplatystoma spp. produced in cages and fishponds have carcass yield similar.

OBJETIVOS: Descrever a apresentação clínica e a evolução dos pacientes admitidos com diagnóstico de infecção por influenza pandêmica (H1N1) em duas unidades de terapia intensiva de hospitais privados de São Paulo. MÉTODOS: Foi realizada coorte retrospectiva com a avaliação de dados demográficos, da apresentação clínica inicial, escores prognósticos [Simplified Acute Physiology Score (SAPS) 3 e Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)], comorbidades, de evolução e de tratamento de todos os pacientes que foram admitidos com diagnóstico confirmado de infecção por influenza pandêmico entre Julho e Setembro de 2009. RESULTADOS: Durante o período analisado, foram admitidos 22 pacientes. A mediana de idade foi de 30 (25-43,5) anos. As medianas do SAPS 3 e do SOFA foram, respectivamente de 42 (37-49) e 2 (1-3,5). Comorbidades foram comuns (50%), especialmente a obesidade (22,7%). Duas (9,1%) pacientes eram gestantes. Cinco (22,7%) pacientes foram submetidos à ventilação mecânica, mas houve necessidade de altas pressões expiratórias nestes (mediana de 16cm H2O e intervalos interquartis 10-25cmH2O). A taxa de falha de ventilação não-invasiva foi de 50%. A maior parte (77,2%) dos pacientes foi tratada com oseltamivir. A mortalidade hospitalar foi de 4,5%. SAPS 3, SOFA e relação PaO2/FiO2 iniciais associaram-se com a necessidade de ventilação mecânica (p<0,01). CONCLUSÕES: A infecção por influenza pandêmico acometeu principalmente indivíduos jovens, especialmente obesos. Neste estudo, os pacientes eram menos graves que os descritos anteriormente, o que explica as menores mortalidade e necessidade de ventilação mecânica. No entanto, uma necessidade de altas pressões expiratórias nos pacientes que precisaram de ventilação mecânica.

OBJECTIVES: To describe the clinical features and outcomes of patients admitted with influenza A (H1N1) infection in two private hospitals' intensive care units in São Paulo, Brazil, during the 2009 pandemics. METHODS: A retrospective cohort study was conducted to evaluate demographic data, initial clinical presentation, prognostic scores [Simplified Acute Physiology Score (SAPS) 3 and Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)], comorbidities, outcomes and treatment of patients with confirmed pandemic influenza diagnosis from July to September 2009. RESULTS: 22 patients were admitted. Median age was 30 (25-43.5) years. Median SAPS 3 and SOFA were 42 (37-49) and 2 (1-3.5), respectively. Comorbidities were common (45.4%), especially obesity (22.7%). Two (9.1%) patients were pregnant. Five (22.7%) patients required invasive mechanical ventilation, with high positive end expiratory pressures (median of 16 cmH2O, interquartile range 10-25cmH2O). There was a 50% incidence of non-invasive ventilation failure. Most (77.2%) of patients were treated with oseltamivir. Hospital mortality was 4.5%. Initial SAPS 3, SOFA and PaO2/FiO2 ratio were associated with mechanical ventilation requirement (p<0.01). CONCLUSIONS: Pandemic influenza infection mainly affected young and obese patients. In this study, patients were less severe than those previously described, what explains our low mortality and mechanical ventilation needs. However, high positive end expiratory pressures were required for mechanically ventilated patients.